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As causas mais comuns de diarreia são:
-Vírus (Rotavírus, Norwalk e citomegalovírus entre vários outros);
-Bactérias (campylobacter, salmonella, shigella e Escherichia coli);
-Protozoários (giárdia, cryptosporidium e ameba);
-Medicamentos como antibióticos (matam as bactérias normais da flora intestinal e favorece o crescimento de outras. Ex: Clostridium difficile) e drogas que contém magnésio;
-Lactose (algumas pessoas têm intolerância a este açúcar que é comum no leite e em seus derivados);
-Sorbitol e manitol (adoçantes usados em alguns alimentos diet podem causar diarreia);
-Cirurgias (pacientes que foram submetidos à cirurgias disabsortivas, ressecções intestinais, cirurgia para retirada da vesícula biliar);
-Doenças como retocolite ulcerativa, doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, pancreatites crônicas, doença celíaca e doença de Whipple entre outras, podem ser causa de diarreia.

Como foi dito, na grande maioria das vezes, a diarreia tem curta duração e resolução espontânea, independente de haver tratamento ou não.
Devemos estar atentos para procurar auxílio médico se:
-A diarreia persiste por mais de uma semana;
-O paciente está apresentando sinais de desidratação (sede excessiva, boca e pele secas, urinando pouco ou apresentando urina escura, fraqueza e indisposição);
-Dor abdominal importante;
-Fezes enegrecidas ou com sangue;
-Febre alta.

O médico vai definir se o paciente está desidratado e se é possível fazer a reposição de líquidos e eletrólitos por via oral. Se isto não for possível o paciente necessitará de hospitalização. Caso contrário, há orientação para repouso e ingestão abundante e fracionada de líquidos e sais minerais como soro caseiro, por exemplo. A história clínica detalhada vai apontar os hábitos de vida e alimentares e definir se houve viagens recentes e se mais alguém do seu convívio está apresentando diarreia. Isto associado ao exame físico é muito útil na tentativa de se estabelecer a causa. Na diarreia aguda geralmente não solicitamos exames, mas em casos mais graves e na diarreia crônica, pode-se fazer uma investigação mais criteriosa, com hemograma (para avaliar a presença de anemia e sinais de infecção); análise bioquímica do sangue (avaliar a função renal e hepática); colher amostras de fezes (para a pesquisa de parasitas, culturas de bactérias e vírus e avaliar se há a presença de gordura nas fezes); colonoscopia (pode ser muito útil, pois pode avaliar toda a mucosa intestinal e realiza biópsias, se for necessário); enteroscopia e cápsula endoscópica (podem ser úteis para avaliar o intestino delgado); Enema opaco, seriografias intestinais, ultrassom de abdome e tomografia computadorizada são muito pouco úteis e portanto quase não são utilizados.

Lembre-se que atualmente não se usam medicamentos antidiarréicos como se usava antigamente. Seu uso pode ser até perigoso em algumas situações, como na diarreia infecciosa, quando o aumento do número de evacuações funciona como um mecanismo de defesa, eliminando as toxinas, bactérias, vírus e outros parasitas. Em casos muito específicos o uso de antibióticos está indicado e não deve fazer parte da rotina da prescrição de um paciente com diarreia. Também com certa cautela, onde o número de evacuações é muito grande e está causando igual desconforto ao paciente, pode-se receitar escopolamina e ou loperamida

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