Dr. Gabriel Truppel Constantino
CRM SP 137338
Especialista em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Opinião de especialistas
Em todo o mundo, estamos presenciando o envelhecimento acelerado da população e a previsão é que o percentual de idosos aumente ainda mais nos próximos anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, no ano 2000, existiam 600 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo e há previsão deste número dobrar até 2025 e, em 2050, chegar a 2 bilhões! No Brasil, comparando-se os censos de 1991 e 2000, temos um aumento de 45% no número de idosos, sendo que o grupo etário que mais cresce é o de pessoas maiores de 75 anos.
Com isso cada vez mais cirurgias são realizadas em idosos. Nos Estados Unidos, as cirurgias em idosos com mais de 65 anos,já chegam a 28% do total! (Cerca de 6 milhões, em dados de 2005). Resta a todos os envolvidos nos procedimentos buscar os melhores resultados, com técnicas cirúrgicas menos invasivas e mais apuradas, menor tempo de internação hospitalar, reabilitação precoce, avaliação pré-opertória adequada e bom controle de doenças crônicas.
Na prática, o risco cirúrgico depende menos da idade da pessoa do que do tamanho da cirurgia, da funcionalidade do idoso (independência para fazer as tarefas do dia-a-dia), da doença que levou a pessoa à necessidade de operação, se é um procedimento eletivo (agendado) ou de urgência e se as doenças crônicas do paciente estão bem controladas (hipertensão, diabetes, etc.). Há um estudo que mostrou que, em maiores de 80 anos, eventos intra-operatórios foram menos importantes do que as doenças existentes antes da cirurgia na previsão de resultados ruins. Estes fatores também estão associados a um aumento no tempo de recuperação, promoção de declínio funcional pós-operatório (perda parcial ou total de capacidade de realizar pequenas tarefas de auto-cuidado) e ao aumento da necessidade de reabilitação, cuidados de enfermagem e de Home Care.
O status nutricional prévio ao procedimento, também influencia os resultados, bem como a hidratação. Alergias e cirurgias prévias podem alterar os desfechos e dificultar o pós-operatório em pacientes, idosos ou não. O uso de medicações deve ser informado aos profissionais envolvidos no procedimento, pois a suspensão de algumas drogas pode interferir no ato cirúrgico e sua recuperação (como remédios para hipertensão), outros, incluindo os fitoterápicos, podem interagir com substâncias utilizadas na anestesia ou mesmo com a capacidade de coagulação do sangue. Recomenda-se também, cessar tabagismo 8 semanas antes do procedimento, para diminuição de complicações respiratórias.
Constatado o aumento do número de idosos e o consequente aumento no número de procedimentos cirúrgicos nos pacientes nas faixas etárias mais avançadas, e também, que cada vez mais serão realizadas cirurgias em pessoas que comumente tem doenças crônicas associadas, cirurgias anteriores e uso de diversos medicamentos, cabe aos profissionais de saúde, buscar medidas de redução de complicações, com controle das enfermidades pré-existentes, reabilitação precoce e procedimentos menos invasivos, enquanto cabe à população, uma melhor aderência a programas de estímulo ao envelhecimento saudável como prática de atividades físicas, interrupção do tabagismo, controle de doenças crônicas e um bom acompanhamento clínico pré e pós operatório.
Cirurgia em idosos
Em todo o mundo, estamos presenciando o envelhecimento acelerado da população e a previsão é que o percentual de idosos aumente ainda mais nos próximos anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, no ano 2000, existiam 600 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo e há previsão deste número dobrar até 2025 e, em 2050, chegar a 2 bilhões! No Brasil, comparando-se os censos de 1991 e 2000, temos um aumento de 45% no número de idosos, sendo que o grupo etário que mais cresce é o de pessoas maiores de 75 anos.
Com isso cada vez mais cirurgias são realizadas em idosos. Nos Estados Unidos, as cirurgias em idosos com mais de 65 anos,já chegam a 28% do total! (Cerca de 6 milhões, em dados de 2005). Resta a todos os envolvidos nos procedimentos buscar os melhores resultados, com técnicas cirúrgicas menos invasivas e mais apuradas, menor tempo de internação hospitalar, reabilitação precoce, avaliação pré-opertória adequada e bom controle de doenças crônicas.
Na prática, o risco cirúrgico depende menos da idade da pessoa do que do tamanho da cirurgia, da funcionalidade do idoso (independência para fazer as tarefas do dia-a-dia), da doença que levou a pessoa à necessidade de operação, se é um procedimento eletivo (agendado) ou de urgência e se as doenças crônicas do paciente estão bem controladas (hipertensão, diabetes, etc.). Há um estudo que mostrou que, em maiores de 80 anos, eventos intra-operatórios foram menos importantes do que as doenças existentes antes da cirurgia na previsão de resultados ruins. Estes fatores também estão associados a um aumento no tempo de recuperação, promoção de declínio funcional pós-operatório (perda parcial ou total de capacidade de realizar pequenas tarefas de auto-cuidado) e ao aumento da necessidade de reabilitação, cuidados de enfermagem e de Home Care.
O status nutricional prévio ao procedimento, também influencia os resultados, bem como a hidratação. Alergias e cirurgias prévias podem alterar os desfechos e dificultar o pós-operatório em pacientes, idosos ou não. O uso de medicações deve ser informado aos profissionais envolvidos no procedimento, pois a suspensão de algumas drogas pode interferir no ato cirúrgico e sua recuperação (como remédios para hipertensão), outros, incluindo os fitoterápicos, podem interagir com substâncias utilizadas na anestesia ou mesmo com a capacidade de coagulação do sangue. Recomenda-se também, cessar tabagismo 8 semanas antes do procedimento, para diminuição de complicações respiratórias.
Constatado o aumento do número de idosos e o consequente aumento no número de procedimentos cirúrgicos nos pacientes nas faixas etárias mais avançadas, e também, que cada vez mais serão realizadas cirurgias em pessoas que comumente tem doenças crônicas associadas, cirurgias anteriores e uso de diversos medicamentos, cabe aos profissionais de saúde, buscar medidas de redução de complicações, com controle das enfermidades pré-existentes, reabilitação precoce e procedimentos menos invasivos, enquanto cabe à população, uma melhor aderência a programas de estímulo ao envelhecimento saudável como prática de atividades físicas, interrupção do tabagismo, controle de doenças crônicas e um bom acompanhamento clínico pré e pós operatório.
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